
A superproteção da educação de seu filho
A aprendizagem ao longo da vida ocorre por “tentativa e erro”, por meio de experiências e também de regras e limites externos, por isso a criança precisa realizar e assumir, desde cedo pequenas responsabilidades e pequena tarefas no seu dia a dia. Proteger sim, superproteger jamais.
Quando há superproteção, há um cuidado exagerado dos pais e, na raiz desse comportamento, o desejo de que o filho não sofra, não seja submetido a qualquer esforço ou exponha-se a risco algum. Por medo, covardia, ansiedade, impaciência, egoísmo, muitos pais colocam a criança em uma redoma e impede o seu livre caminhar.
Para isso, estão sempre por perto fazendo aquilo que o filho já tem condição de fazer por si só. Basta que o filho manifeste alguma vontade para que os pais apareçam para resolver a situação. E assim, blindada e engessada, a criança fica imobilizada para as suas próprias iniciativas. A tentativa de superproteger o filho não é garantia de que está sendo oferecido o melhor para ele. Ao contrário, a criança superprotegida, na maioria das vezes, é dependente e passiva, socialmente tímida e emocionalmente imatura.
O sentimento de incompetência que experimenta pode retardar seu amadurecimento que fica limitado pela incapacidade em lidar com as frustrações. Tendo sido sempre alvo de constante atenção, sem o apoio e presença dos pais, mostra-se despreparada para lidar com as mais simples situações de vida.
Superproteger é impedir a criança de experimentar realizações. É dizer, numa linguagem não verbal: “não confio em sua capacidade”. Cuidado e proteção são indispensáveis. A criança protegida sente-se amada e desenvolve segurança, auto-confiança e auto-estima positiva, condições essenciais para a autonomia.